Around the Globe by Jun Omori
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10 junho 2005

Vista da sacada do hotel em Casco Viejo. Ao contrario do resto da cidade em que a arquitetura dos seus edifícios e prédios se parecem com o de Miami, devido a forte influência norte-americana no país, o bairro de Casco Viejo mantem a arquitetura colonial espanhola, aonde muitas construções viraram cortiços, inclusive o hotel em que fiquei, um muquifo por sinal.

Atalho para a Ásia, o Canal do Panama foi a materialização de um antigo sonho da navegação do mundo ocidental. Ligou os oceanos Atlântico e Pacífico, encurtando as distâncias entre o Ocidente e o Extremo Oriente.
O canal tem 80 km de extensão, sendo percorrido aproximadamente em oito horas, dependendo do tráfego. Por ele passam anualmente 12 mil navios, cargueiros e também luxuosos transatlânticos. Em suas extremidades ficam a Cidade do Panama, no Pacífico, e Colón, no Atlântico (Mar do Caribe).
Antes da construção do canal, para se navegar da costa leste para a oeste dos EUA era preciso enfrentar mais 15 mil quilômetros, contornando toda a América do Sul e se aventurando pelas águas gélidas do temido Estreito de Magalhães, na Patagônia, no extremo sul das Américas.
O Canal do Panamá foi uma obra de engenharia que virou realidade em 1914, após dez anos de trabalho pesado em meio a uma selva fechada, e que custou 20 mil vidas para a febre amarela.
A construção acabou por financiar a independência do Panamá perante a Colômbia, que desde então tem vivido na órbita dos norte-americanos.

História
A primeira tentativa de um atalho entre o Atlântico e o Pacífico foi liderada pelos franceses em 1878, na esteira do sucesso na construção do Canal de Suez, que liga o Mediterrâneo ao Mar Vermelho.
Para construir o canal, os franceses formaram a Companhia do Canal Interoceânica e recrutaram 15 mil pessoas. O financiamento foi feito com dinheiro da venda de ações na Europa.
Durante dez anos, os franceses abriram com dinamites grandes caminhos entre as montanhas que separavam as duas costas. A idéia original era construir uma passagem no nível do mar, exatamente como haviam feito com sucesso em Suez.
A empreitada, porém, fracassou em 1889, derrotada pelas dificuldades em construir uma via aquática artificial em região montanhosa, pela febre amarela e pela malária, que não tinham cura na época. Pelo menos 20 mil operários morreram.
Elevadores na Água

Após a falência da companhia francesa, os EUA compraram por US$ 40 milhões os direitos para a construção do canal.
Os americanos, porém, desistiram de lutar contra as montanhas e decidiram construir eclusas, uma espécie de elevador aquático que eleva e rebaixa o nível da água, para fazer os navios subirem e depois descerem as montanhas.
Para evitar as doenças e saques de grupos indígenas e bandidos, enviaram tropas para ajudar a então província do Panama a conseguir sua independência da Colômbia.
Investiram também em infra-estrutura sanitária para combater as doenças. Foi nessa época que descobriu-se que a malária e a febre amarela eram transmitidas por mosquitos, o que facilitou o trabalho de combate dessas enfermidades.
Vencidas as dificuldades, o canal foi construído em dez anos e inaugurado em 1914. Permaneceu em poder dos norte-americanos até 1999, período em que foi administrado por uma agência governamental e protegido pelo Exército dos EUA.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o canal serviu de base para os navios norte-americanos que partiam em direção ao Japão. Nessa época, os EUA chegaram a ter cerca de 65 mil soldados na região. Na década de 90, não passavam de 10 mil.
Engenharia
A travessia do Canal do Panamá feita por três eclusas, onde a água funciona como um elevador. Vindo do Atlântico, por exemplo, o navio entra na comporta com a água no mesmo nível do oceano.
Os portões são fechados e as válvulas de enchimento abertas. A água entra através de poços do piso, elevando o navio 26 metros, até o nível do Lago de Gatun. As válvulas são fechadas e os portões superiores abertos.
O navio sai da comporta para o lago e segue para as outras comportas, onde acontece o processo inverso de descida até o nível do Oceano Pacífico.

Os onibus sao uma atração a parte no Panama, aliás em muitos paises latinos, tem aqueles onibus escolares americanos. Somente que eles pintam em cima do amarelo com muita tinta colorida, chegando a beirar um grafite, decoram interiormente, ficando parecidos com quermese de festa de São João, instalam potentes alto-falantes e a salsa come solta. As vezes fica impossível de conversar dentro do veiculo.